quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Por que desenvolver competências socioemocionais nas crianças?
“ Crianças emocionalmente mais inteligentes, são mais felizes, mais saudáveis e aprendem com maior felicidade. Elas se comunicam melhor, são menos ansiosas e se recuperam mais rapidamente de situações difíceis.”
Competências socioemocionais são o conjunto de habilidades, comportamentos e atividades que os indivíduos precisam ter para tornar suas decisões bem sucedidas.
A educação do século XXI traz essa exigência para a formação para a vida, ou seja, essa preparação de nossas crianças para o mundo, ou seja, habilidades e competências exigidas e valorizadas no novo formato de sociedade tecnológica, interativa e interdisciplinar que estamos vivenciando. Trata-se de uma modelo social que exigirá, cada vez mais, um indivíduo preparado para lidar com novas formas de realizar tarefas, de lidar com problemas e com relacionamentos interpessoais.
Todo espaço de aprendizado é uma oportunidade para desenvolver as competências de que necessitarão ao longo da vida. Algumas dessas habilidades são autoconhecimento, capacidade de resolver conflitos, consciência social, facilidade de relacionamento e tomada de decisão.
Como pais e educadores desenvolvem essas competências
Os pais e educadores podem ensinar aos filhos como desenvolver sua inteligência emocional e a canalizar suas emoções. É importante que aprendam a se controlar e que sejam empáticos com os outros. A educação emocional faz parte da formação da criança.
A primeira coisa vai ser aprender a identificar as emoções próprias e também temos que aprender a identificar as emoções que os outros estão experimentando.
Temos que aprender a controlar as emoções e para isso devemos encontrar o equilíbrio necessário. Saber o que está acontecendo comigo, o que estou pensando e que está fazendo com que me sinta dessa maneira para aprender a me controlar.
Temos que aprender a expressar e a canalizar as emoções de tal maneira que fortaleça as relações e não que seja de forma contrária.
As emoções se desenvolvem ao longo de todo o ciclo vital, mas quanto antes começarmos será melhor. De fato, existem estudos que nos dizem que desde os dois anos e meio que já é possível educar as emoções e o mais importante é que isso tem influência durante toda a vida.
Os pais e educadores devem ensinar a criança a pensar, a pensar sobre suas emoções, que saibam como ela se sente, e a detectar como os outros se sentem. Ajudar com que a criança canalize suas emoções, a expressá-las, a controlá-las, favorecer a comunicação com os pais, professores e a favorecer a comunicação com os seus semelhantes. Favorecer, também, a empatia, ajudar a criança desde pequena a fazer amigos. Essas são coisas que vão ajudá-la ao longo de toda a sua vida.
Quando as crianças são pequeninas, o que os pais têm que fazer é comunicar-lhes frases bem curtas, e, sobretudo, agir mais e falar menos. Não podemos esquecer que os pais são a principal fonte de aprendizado de uma criança. Logo, o comportamento dos pais sempre tem que ir em conformidade com o comportamento da criança.
Quando já forem um pouco maiores, poderíamos começar a raciocinar mais com os filhos, mas nunca no momento das birras. Quando estiverem tranquilos e relaxados poderemos falar com eles e poderemos reforçar a importância do diálogo, de como comunicar os sentimentos e de que forma podemos expressá-los.
Que práticas pedagógicas podem garantir intencionalidade no desenvolvimento de competências socioemocionais articulado com a rotina na educação infantil? As competências socioemocionais podem ser desenvolvidas em articulação com as múltiplas áreas dos conhecimentos por meio de: Práticas cotidianas: o Estabelecimento de pactos de convivência; o Organização de rotina com as crianças, rodas de conversas iniciais que retomem os comportamentos e sentimentos diários, utilização de livros com temáticas de sentimentos, hábitos e atitudes, sensibilizações através d lúdico e e pequenas dramatizações de sentimentos e comportamentos no meio, trabalhos com o grupo e dinâmicas colaborativas; o Contextualização do conhecimento; o Criação de espaço para a reflexão e autoavaliação sobre o que foi desenvolvido e realizado; Conversas em sala de aula sobre a realidade do aluno, que garantam conexão das competências Transversalidade nas disciplinas sempre que oportuno; Garantia de um trabalho didático embasado na ludicidade e musicalidade para a formação de hábitos e rotinas: sem música, movimento, sensibilização, interação, brincadeira a criança não apreende essas competências. Não adianta gritar; Não adianta deixar ficar sem pátio, Não adianta ficar falando ou gritando e repetindo várias vezes as mesmas coisas. FALE MENOS! Seja sucinto! Forme hábitos! Retome as atitudes diariamente! Mostre como fazer e porquê fazer! Se não fizer o que poderá acontecer. Seja menos repetitivo. Na educação infantil é necessário sequência didática. Tenha em mente que a criança só reproduz o que o adulto transmite, portanto seja organizado, organize o ambiente de convivência para que a criança possa se desenvolver nele nas suas competências socioemocionais de forma saudável.
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