segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Escola e Família: Educação aliada!

“A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
Nesse complemento de educação entre escola e família é que se instala a pergunta: quais as atribuições da família no acompanhamento da criança nesse universo infantil?
A educação infantil incorpora de maneira integrada as funções de educar e cuidar. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação, isto é Educar!
O Cuidar é ter um olhar individual para com a criança enquanto os seus anseios e necessidades biopsicossociais, oportunizando carinho e afeto com ela. O Educar e o Cuidar são tarefas indissociáveis.
No dia-a-dia a escola cumpre com tantas funções que não podemos esquecer qual a sua representação na vida da criança. Sabemos que é uma instituição em que os pais confiam os seus filhos num período em que estão “ausentes” por suas funções profissionais ou de seus afazeres. A Educação Infantil fica com a competência de atender de maior maneira possível as necessidades de cuidados da criança, mas não podemos sucumbir à escola infantil meramente num caráter assistencialista de cuidados básicos e de educação assistematizada. Cumprem a ela as tarefas de educar e cuidar e à família cumpre o papel básico da educação das crianças e o acompanhamento do seu desenvolvimento e de apoio às necessidades básicas das mesmas, cuidando com as transferências de responsabilidades, participando efetivamente na sua rotina.
Família e escola “caminham” juntas e são aliadas para o desenvolvimento da criança.



Referenciais informativos:
-Referencial Curricular nacional para a Educação Infantil;
-Estatuto da Criança e do Adolescente;
- lei nº 9394 20/12/96- LDB

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Criança Independente: PROTEGIDA OU DESPROTEGIDA?



A pergunta é: como criar uma criança independente?

SUJOU...

BATEU...

CAIU...
ESCORREGOU...


Em primeiro lugar vamos definir o que é uma criança independente. A criança independente é aquela tratada com autonomia, inteligente, jovem,capaz e não aquela que não é capaz de se movimentar com a ajuda contínua de uma outra pessoa. É aquela que conquista o seu espaço nos pequenos atos como comer, se locomover, pular, saltar... É aquela que antigamente queria explorar o espaço, experimentando-o com desenvoltura, ou seja, é aquela que antigamente subia em árvores , em muros ,caia , arranhava os joelhos , os braços, as pernas... como coisas de criança. É aquela que brincava de esconde- esconde, podendo até se - peixar- com o amiguinho(a), fazendo um galo lá que outro... é aquela que brincava de taco, pulava corda e brincava de pega-pega...E hoje o que se vê? Crianças cada vez mais explorando os parquinhos in door, com equipamentos de superproteção, play grounds super protegidos em que se esquecem que para a criança aprender a viver ela tem que conviver, experimentar e que, por vezes, aquele arranhãozinho faz parte! Não se está falando de negligenciar a criança, mas de atendê-la e deixar que ela experimente, VIVA! CUIDAR é diferente de superproteger. Os adultos estão tão submersos aos horrores da mídia que acabam passando para seus filhos esses medos. É importante transmitir segurança aos filhos, pois eles aprendem com as atitudes dos pais!

A crítica é : aquilo que simplesmente era normal, saudável, feliz para o desenvolvimento da criança agora passa para perigoso. Um comparativo claro é de como eram as pracinhas- parquinhos- das crianças antigamente: com areia e de madeira e com bancos de cimento. As de hoje: com materiais de PVC e grama sintética. Obviamente, acompanhando a tecnologia e recursos cada vez mais avançados capazes de reduzir traumatismos e ferimentos, um ponto ótimo, mas serve para fazer uma paralelo à criança de hoje a de antigamente. A concepção de criança nos dias atuais é aquela com senso crítico e participativo bem mais que há uns 20 anos atrás, mas tem perdas no sentido do seu universo corporal e psicomotor pelo abafamento dessa proteção demasiada dos adultos.

Aos adultos: pais, educadores, cuidadores cabe o bom senso sempre aos cuidados demasiadamente exagerados e a quanto estão fazendo alusões aos pequenos acontecimentos que fazem parte do sadio desenvolvimento da criança nos seus aspectos biopsicomotores.

O mito da culpa dos pais por não serem responsáveis o suficiente e que os cuidadadores os substituirem tem de ser desmistificado.


Um pouco mais sobre o assunto...


Filhos são como navios


Ao olharmos um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte äncora.

Mal sabemos que ali em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos.

Dependendo do que a força da natureza nos reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos.

Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas.

E haverá muita gente no porto, feliz a sua espera.

Assim são os filhos.

Estes tem nos pais o seu porto seguro até que se tornem independentes.

Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras.

Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um: A CAPACIDADE DE SER FELIZ.

Sabemos,no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém.

O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto, mas ele não foi feito para permanecer ali.

Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar mar a dentro e encontar o seu próprio lugar onde se sintam seguros, certos que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres.

Ninguém pode traçar o destino dos filhos,mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar valores herdados como: HUMILDADE,HUMANIDADE, HONESTIDADE,DISCIPLINA,GRATIDAO E GENEROSIDADE.

Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar cidadãos do mundo. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.

A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL A BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA.

Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar no que os pais conquistaram.

Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como navios, partirem para conquistas e aventuras. Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que: " Quem Ama Educa."

" Como é difícil soltar as amarras".

(Içami Tiba)


quinta-feira, 15 de abril de 2010

O assunto é: Inclusão


Incluir é abranger, compreender, inserir, introduzir, fazer parte.
A escola tem como papel o de construir a cidadania através do acesso ao conhecimento pelas pessoas com diferentes credos, de diferentes raças, com saberes diferentes e pessoas portadoras de necessidades especiais, convivendo com a diversidade, tão necessária para a vida. É um papel Pedagógico e constitucional!
Portanto é necessário que a INCLUSÃO se estabeleça a partir do acolhimento das pessoas às diferenças. A INCLUSÃO inicia a partir desta atitude. Não basta dizer que se é inclusivo se nas atitudes de convivência se faz a exclusão. O adulto é o responsável para a propagação das convivências diversas. As crianças são o resultado dessas atitudes. Quem inclui é aquele que:
- reflete sobre valores humanos;
- é receptivo ao novo e a mudanças;
- propicia o conviver;
- proporciona o trabalho coletivo;
- divulga o viver entre os pares, a dividir responsabilidades e a repartir as tarefas;
- desenvolve a cooperação, o sentido de se trabalhar e produzir em grupo o reconhecimento da diversidade dos talentos humanos e a valorização do trabalho de cada pessoa para a consecução de metas comuns de um mesmo grupo.
“ Todos tem o direito de CONVIVER em grupo. No ECA, art. 53, assegura-se a igualdade de condições para o acesso e pela permanência na escola, e o direito ao respeito por seus educadores.”
A preparação dos educadores inicia com a possibilidade pelo desafio de acolher as diferenças e pela busca de novas respostas educacionais. É considerar a própria criança, verificar o problema que ela apresenta e a partir daí avaliar a maneira de ingressá-la no grupo.
Lembre-se: todos nós somos diferentes uns dos outros. Essa diferença inclui não só aspectos físicos, mas também os emocionais, sociais e cognitivos.
A exclusão muitas vezes é realizada pela própria família em atitudes de cuidados e de expor aos filhos como sendo “diferentes”. A inclusão inicia por “aquele” que vê a dificuldade no outro e por aquele que convive com a dificuldade.
Sugestão de Leitura: ( Literatura Infantil)
Na minha escola todo mundo é igual – Rossana Ramos; Editora Cortez


Orelha de limão- Reider,Katja/Roehl,Angela Von




Menina bonita do laço de fita- Machado,Ana Maria

quinta-feira, 4 de março de 2010

Quando chega a hora da primeira escola

Quando chega a hora da primeira escola?

O período é oportuno para se falar e retomar o assunto : adaptação, ainda mais quando se trata da primeira escola. Refiro-me a escola de Educação Infantil.
A hora da entrada da criança ou bebê na escola pode ser por vários motivos : horário de trabalho dos pais, por profissionais melhores capacitados a cuidar da criança, para a socialização da criança, por preferir a escola a uma babá, enfim...O que deve ser definido é a confiança na escolha da escola, na sua capacidade de unir o cuidar e o educar como tarefas indissociáveis.Mas para a escola proceder com uma adaptação adequada é fundamental a atitude dos pais frente a este processo. Sim: um processo! Processo que deve ser criterioso e gradual.
Portanto cabem algumas dicas para a adaptação ou readaptação, após as férias, das crianças na escola. Vejam abaixo:
Antes da criança ingressar: converse com ela; explique a ida dela para a escola, mas nunca relacione com castigos. Fale que é para conhecer amigos, brincar, aprender.Nunca diga que é para aprender a se comportar. Leve-a para conhecer a escola. Comente moderadamente sobre a entrada dela na escola.Permita que ela participe da escolha do material como : mochila, cadernos e do seu uniforme.
Nos primeiros dias: fale que você estará por perto ou não alongue demais a despedida. Explique que voltará para pegá-la. Cumpra rigorosamente o horário combinado e reduzido.Na chegada, se ela chorar, não pare... Se a criança não quiser retornar no dia seguinte, insista, lembrando-a das brincadeiras e dos amigos.Não falte na adaptação sem um motivo real. A escola não deve ser substituída por qualquer outra atividade.

Bom proveito a todos!