terça-feira, 28 de abril de 2009

Meu filho está indo para a escolinha !


Para as famílias que estão vivendo a adaptação de seu (s) filho (s) pela primeira vez há uma série de expectativas e angústias presentes em relação a escola por mais criteriosa que tenha sido a escolha.
Em primeiro lugar a atitude de matricular a criança na escola infantil deve ser pensada, consciente e segura. Não podemos exigir da criança segurança se não passarmos a ela um reforço positivo e tranqüilo referente ao novo ambiente ao qual a criança está ingressando.
A ansiedade é compreensível, natural, mas muitas vezes extrapola os limites desejáveis. Isso acontece principalmente por duas razões.
A primeira é quando os pais acreditam que a escola pode compensar suas próprias falhas na educação dos filhos. A outra, ao contrário, se dá quando imaginam que o ensino formal pode ser um simples prolongamento do padrão educacional praticado dentro de casa, que consideram ideal. Em ambos os casos, o caminho para a frustração está aberto.
Esta situação – limite mostra a necessidade de concretização da família sobre o que esperar de fato da escola. É imprescindível que o pai e a mãe entrem em harmonia com os sentimentos de seu filho (a) num momento de transição, de separação, em que ele (a) ultrapassa o ambiente doméstico para partir em busca do conhecimento que está lá fora.
A criança vai descobrir as regras de um conjunto social mais amplo e ingressar no mundo das normas culturais, que cabe à educação formal transmitir.
A mudança de uma escola para outra é também um momento importante na vida da criança, que jamais deve ser subestimado pelos pais. Muitas vezes os pais transferem o (a) filho (a) de uma escolinha “pequena”, com ensino quase individualizado para uma instituição de grande porte, simplesmente para seguir alguma tradição familiar, ou até mesmo, convenções sociais. Nem sempre isso é o melhor para a criança, que, a partir daí, pode ter uma queda de desempenho. Quantas cobranças, quantas frustrações e quantas expectativas! E a criança lá no meio do vendaval, tentando aprender a içar suas velas para navegar no mar da aprendizagem...
Portanto, a adaptação deve ser progressiva, pacienciosa e criteriosa. Ela faz, muitas vezes, que os pais se sintam aflitos e traz uma situação “dolorosa” tanto para os pais como para os filhos. Cabe aos pais os primeiros reforços para o ingresso seguro da criança no ambiente da educação infantil. A criança não está ainda pronta para saber optar em freqüentar ou não a escola. “Meu filho, queres ir para a escolinha?”; esta pergunta não é a atitude correta.
Os pais tem que evidenciar segurança quanto ao manejo dos seus filhos; claro que estando firmes e tranqüilos em relação à opção da escola.
Um dos recursos de adaptação mais usuais é a presença dos pais na escola durante os primeiros dias de aula. Os pais ficam numa área próxima das salas e as crianças são avisadas de que as atividades são realizadas sempre num espaço separado. Os pais permanecem na escola, mas não na turma. A criança opta entre companhia dos pais e as atividades com os colegas.

* LEMBRE-SE: O INGRESSO NA ESCOLINHA DEVE VIR DA ATITUDE PENSADA, CONSCIENTE E SEGURA DOS PAIS!!!

5 comentários:

  1. Oi, Cris

    adorei o blog, eu e Louise já linkamos, quando puderes vai lá no bloguinho dela. Adorei esse texto aqui pois, apesar da Louise já ter passado da fase de adaptação, eu percebo, ainda, certas atitudes ansiosas nela. Ela passou a chupar o dedo, toda vez que se sente "nervosa", como lidar com isso? Isso é um "tique nervoso"?
    Não sei como lidar com isso. É grave? rsrsrsrs
    Um beijão pra ti. Teus escritos são reveladores.

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  2. Ahhh, já ia esquecendo. O porquinho tava sem água, rsrssss

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  3. Oiiii... sei que demorei pra responder...Em primeiro lugar temos que saber quais as "atitudes ansiosas" e em quais momentos se sente "nervosa".Quanto a chupar o dedo pode ser, justamente, a busca da satisfação e o alívio das "tensões", retomando as "lembranças da fase oral( fase do desenvolvimento psíquico de zero a dois anos- aproximadamente- em que a criança busca a satisfação na boca). Não é um tique nervoso e sim uma válvula de escape para as suas sensações.Você pode lidar com isso conversando com ela, buscando que ela comente os seus sentimentos, até mesmo trocando esse dedo na boca por um objeto transicional,ou seja: um urso, uma boneca... até porquê essa fase de dedo na boca já é para ter passado, considerando a idade de cinco anos dela.Lembre-se isso não é de um dia para o outro.È uma conquista.Cristiane Fraga

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  4. Olá Cris.
    Tenho um filho de 3 anos que a dois vai para escolinha, sei que ainda está em fase de adaptação, além do choro o que me preocupa é que começou a vomitar na entrada e durante a aula. O ano passado já esteve na escola e fui obrigada a tirar pois ficou muito doente.
    Gostaria de um conselho de como lidar com a situação.
    No aguardo de uma resposta.
    Grata

    Lilian

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  5. Lilian... quanto tempo ele está em adaptação nessa escola? O tempo é um fator importante, mas mais que isso é saber se mãe e filho estão sofrendo de uma ansiedade de separação.Uma criança leva em média 6 semanas para estar adaptada e integrada à rotina,e cada uma pode variar, conforme os estímulos e condições sócio-afetivas oportunizadas no seu desenvolvimento.

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